quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Miyavi...

...você por aqui outra vez?

Diferente de alguns artistas que se você vê um show você viu todos, pois são sempre iguais, o ex-guitarrista do Dué le Quartz veio ao Brasil pela terceira vez e como ele mesmo disse, mostrou o "japanese style" e fez um show totalmente singular.

Quantos artistas conseguem cativar um público novo com apenas um guitarrista e um baterista tocando no palco? Bom, este rapaz conseguiu, não me perguntem como, mas ele fez de forma simples e interessante.
O show começou com aquele público reduzido, tinha muitos fãs na frente, porém a maior parte do espaço reservado ao público estava vazia, na metade do show o espaço já era bem menor, miyavi fez o espaço lotar durante seu show e arrancou aplausos dos curiosos que paravam para apreciar aquele estilo meio rock, meio funky com pitadas de rap e eletrônico.

Ouvi muitos comentários típicos de brasileiro, reparando mais nas roupas do que na música, no jeito estranho do que no talento, mas tenho certeza que podemos chamar este artista e as pessoas envolvidas na realização deste show como visionários, muita gente agora sabe que existem talentos no Japão e vocês precisam agradecer este garoto de Tokyo.

A única obervação que faço em relação a este show são os fãs, novamente poluindo todo o ambiente por onde passam, admito aqui que, se eu fosse um artista e fosse fazer um show onde quer que seja, eu ficaria muito frustrado se as pessoas gostassem mais da minha aparência do que da minha música, e infelizmente foi esse o retrato do show do miyavi: As fãs gritaram mais quando ele tirou a camiseta do que durante o show inteiro, degradante, humilhante e frustrante pra qualquer artista.

Crianças do Brasil...

Acordem.

Att,
Anônimo.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Com a palavra...

...Kiwamu Kai.

Kiwamu Kai é dono da Starwave Records e da Darkest Labyrinth. Essas duas gravadoras são conhecidas no Brasil apenas pelo talvez bem sucedido progresso que este homem fez perante a América Latina, sendo o BLOOD a primeira banda a tocar na parte Latina das Américas (para ser mais preciso no México).

A DL foi a gravadora do BLOOD na época em que eles eram visual kei, porém o som do BLOOD se contornou ao chamado "electro gótico". Muitas bandas fazem isso e deixam o visual kei de lado, porém, quando a DL se transformou em uma gravadora de música gótica, encheu os pulmões ao dizer "Visual kei é coisa de adolescente".
Após esses incidentes ele formou o GPKISM, que seguia essa tendência, mas foi rápido em dizer "somos o novo visual kei, somos o novo MALICE MIZER". E então ele fundou a Starwave records para artistas visual kei. BLOOD retornou as atividades nessa gravadora, voltando a ser então uma banda visual kei.

Este ano o homem chamado de Kiwamu Kai foi entrevistado pelo JaME, você confere a entrevista em português clicando aqui.

A entrevista é longa mas peço que leiam, e talvez algumas coisas que ele fala sejam de sentido valioso.
Porém, o que vocês aqui talvez não saibam é que Kiwamu Kai é um homem odiado na cena visual kei japonesa, motivos pelo visto não faltam, mas vamos acompanhar um pequeno texto citado por ele no facebook:

"In the visual kei scene, there's a big gap of band member between the outside and the inside. Visual kei artists always decorate them beautiful and gorgeous. But if you think "he is very beautiful so is inside is very beautiful", it is a very very bid misunderstand. There's a big big biiiiiiiiiig gap here"

Na sequência ele diz:

"If that artist looks very beautiful, they sometimes rot very much... some artists not work by himself, and they always ask money to fan girls and family etc. They just want the near future pleasure. In Japan, for visual kei artists, drug is not famous. But stupid visual kei artists always to get money and sex from fan girls"

E ainda avisa:

"If your boyfriend is visual kei band man, please be careful. He is working by himself? He does not ask money to you and his family? He is working very hard? If he earns money for his life by himself, it will not big problem. But if you don't see "the spot he is working for his normal job", its a danger signal. He is just a pimp (parasitism). He will eat you everything and he will leave after he finishes to get everything from you..."

Completa:
"It's not joking. Please be careful..."

E finaliza:

"Normal visual kei band member and label owner dose not write these kings truth. But i don't write lie on the blog and facebook. It was meaning I wanted to say last time ^^"

Apesar do péssimo inglês deste homem, podemos nos fazer algumas perguntas sobre suas afirmações:

Ele é odiado por dizer a verdade?
Ele é odiado por mentir deliberadamente sobre a cena visual kei?
Ele diz essas coisas para tentar se sobressair perante outras gravadoras?
Será ele o único a relatar de forma franca o "outro lado do glamour"?

Em sua entrevista para o JaME ele diz o tipo de pessoa com quem gosta de trabalhar, deixarei você tirar as suas próprias conclusões, pra finalizar, peço que leiam a descrição do grupo "Anti-Kiwamu" do site lastfm, basta clicar aqui.

Crianças do Brasil...

Acordem.

Att,
Anônimo

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Miyavi X SWU

Caros senhores, eu a tempos gostaria de dissertar sobre este assunto, mas pouco tempo tive nas últimas semanas para fazê-lo, pois bem, cá estamos.

O mês de novembro parece ser o mês que mais teremos apresentações de artistas japoneses no país até agora. serão 3 em um intervalo de cerca de duas semanas: Versailles, Miyavi e Dir en Grey.
Todos estes artistas já estiveram no Brasil anteriormente, vamos analisar um por um deles:

Dir en grey esteve no Brasil no Maquinária Festival de 2009 e veio onde deveria vir e o único lugar onde Dir en Grey ainda consegue se segurar atualmente: Em festivais. Dir en grey perdeu muito da popularidade que tinha no seu auge e apesar de ainda ter fãs fiéis, está no lugar que merece fazendo seu som se tornar algo clichê no meio do metal alternativo, vai tocar no Brasil em um one-man para seus poucos fãs e talvez não coloquem mais os pés aqui.

Versailles estará no Brasil pela segunda vez, em uma saturação óbvia de uma mercado nacional que tenta imitar o mercado japonês: Fãs enlouquecidas que acham os membros lindos e suas roupas exuberantes maravilhosas e a música que se dane. Realmente é algo típico da Yamato, trazer uma banda dois anos seguidos porque sabe que a maioria absoluta de fãs dessa banda pagará e venderá seus rins para verem rostos "bonitos" e roupas belas, não para um show de rock.

Miyavi estará no Brasil pela terceira vez, mas ao contrário do que foi dito sobre Versailles e seguindo um modelo mais "maisntream" de Dir en Grey, com este artista não acontece essa saturação: É um artista que se renova constantemente. A primeira vez que esteve aqui no Brasil foi pela Yamato, entre o meio crítico todos sabem que essa empresa é sinônimo de piada no quesito "produção de concertos" , mas os dois shows de miyavi no país em 2008 e 2009, aliados ao do An Cafe talvez tenham sido os mais bem sucedidos shows de visual kei em terras brasileiras.

Falando em mercado, tanto o show do Dir en Grey quanto do versailles são mais do mesmo, virão para shows onde a minoria de seus fãs irá vê-los, não criará mercado algum (afinal, eu ainda não fui ali na loja de CDs do shopping comprar CD dessas bandas pois simplesmente não à produção comercial legal deles na zona franca de Manaus) e a divulgação sempre vai visar o público alvo "jota roqueiros". A massa de "roqueiros" do Brasil ainda não está ciente sobre a cena de rock vinda do Japão, o Visual kei então...

Mas como eu escrevi algumas linhas acima, Miyavi é um artista que se renova, veio em 2008 com um show belíssimo (cheio de transtornos devido àquela piada que já mencionei) e em 2009 veio pela Time4fun, a mesma empresa que trouxe An cafe (portanto responsável pelos dois shows de visual kei mais bem sucedidos no país) e surpreendeu todos os presentes, e agora, o artista volta ao Brasil para tocar no SWU.

O SWU (Sigla de Starts With You - Começa com você) foi o evento responsável por trazer algumas bandas que a muito tempo o povo brasileiro gostaria de ver, tivemos a chance de ver o Rage Against The Machine  em TV aberta, além de outros, e este ano teremos a chance de ver o show de um artista visual kei em uma rede de TV nacional, mas usarei aqui uma frase bem clichê e deixarei uma pergunta também, para que pensem:

Se o evento "começa com você", porque não fazer disso uma realidade, e parar de poluir o estilo com infantilidades imbecis para que o visual kei seja aceito na massa roqueira brasileira?

Lembre-se, começa com você.

Crianças do Brasil....

Acordem.

Att,
Anônimo.

Ao colega Skingu

Recebi outro comentário deveras interessante em meu último post, vamos à ele:


"Uma constatação

Li boa parte do seu blog, e boa parte dos outros que tratam do mesmo assunto mundo afora.
Geralmente as pessoas que partilham da mesma opnião que a sua tratam a sistemática do Visual Kei como uma coisa exclusiva do estilo, como se determinadas coisas só ocorressem neste meio.
Se vc, por exemplo, pegar o titulo do seu blog e substituir o "Jrock" por qualquer outra forma de entretenimento no Japão o blog continuará mantendo o seu objetivo.

Existem inúmeras histórias de mangakas, estrelas pop, atores, gente da industria dos games que passam por essas mesmas coisas que vc descreve aqui.

Toda forma de entretenimento no Japão "sofre" (do ponto de vista ocidental) com estas coisas que você declara como "o outro lado do glamour". 
"


Amigo Skingu, você foi a primeira pessoa coerente a aparecer nestes comentários colocando coisas a respeito do que posto. Vamos lá:
Não só no Japão, mas existe um lado ruim em toda e qualquer cena musical no mundo, trabalhei em algumas cenas locais com culturas diferentes relacionados ao visual kei apenas, e por isso as afirmo aqui em forma de texto, não tenho experiência suficiente em outras áreas de entretenimento para poder dissertar algo com qualquer embasamento, mas eu creio que nesses meios que você citou ocorram muitas coisas assim.
O intuito das postagens nomeadas como "O outro lado do glamour" foi alertar uma porção de fãs, que mesmo sabendo que a vida de uma banda no ocidente pode ser difícil, parece negar que essa realidade também seja aplicada com suas "fantásticas e lindas" bandas da cena visual japonesa.
Agradeço muito seu comentário e espero ver outros em postagens futuras!

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Uma resposta.

Recebi um comentário que, a primeira vista me pareceu super interessante, mas ao ler percebi que o autor escreveu muito mas não disse nada. Vamos ao quote:

"Sabe, eu li hoje muitos do seus posts, e lendo esse, me veio a cabeça o post que fala sobre as bandas nacionais, sobre dar uma chance a coisas novas, e sei lá, as vezes parece que você anda se prendendo um pouco ao passado, claro, concordo em vários pontos com você, mas acho, realmente, que talvez você devesse abrir um pouco mais sua cabeça.
Eu as vezes acho que sua opinião na verdade é totalmente capitalista, vendo que da maneira que fala, uma banda que não tem muitos fãs não é boa, mas eu realmente acho estranho, vendo que muita coisa boa por ai tem poucos fãs, outro do dia mesmo fui ao show de uma banda, nem me lembro bem o nome, e por eles serem desconhecidos realmente achei que devia ser no máximo mais ou menos, mas eles eram realmente muito bons.
E temos que lembrar, que por mais conectados que estejamos, jamais estaremos lá, vivendo o que esta realmente acontecendo, talvez agora, enquanto eu escrevo, um novo Luna Sea, ou sei lá, algo totalmente sem precedentes esteja nascendo.
Eu gosto do seu blog, mesmo, adoro as informações que você passa, mas acho que devia abrir um pouco mais sua cabeça.
Talvez você devesse acordar um pouco também.
:* "

Talvez eu esteja me prendendo ao passado por que fica evidente para qualquer ouvinte mais atento que o "visual kei" decaiu muito nos últimos 10 anos, e as únicas bandas atuais que tem uma fanbase que os sustenta são aquelas cujo a forma de fazer música lembra bandas dos anos 90.
A minha opinião as vezes é completamente capitalista por que eu simplesmente disserto sobre a cena japonesa, essa sim é totalmente capitalista em linhas gerais, se você der uma boa lida vai percerber que eu defendo as bandas que faziam música com o intuito de fazer música, e não de ganhar dinheiro em cima de uma base de fãs que compra a imagem. Uma banda que não tem muitos fãs pode ser uma banda boa, se ela realmente for, um dia terá muitos fãs, o resto delas acabará com menos de 4 anos de estrada. É um reflexo que chega até os brasileiros e fácil de acompanhar.
Realmente, amiga, talvez enquanto eu esteja escrevendo este texto esteja surgindo outro "Luna Sea" por lá, mas eu acompanho essa cena toda e chega a ser previsível quanto tempo cada banda vai durar, certamente o novo Luna Sea chegará ao ouvidos da grande mídia muito rápido, talvez até antes que você possa notar.
Obrigado pela audiência no meu humilde blog, mas pelas suas palavras, talvez quem esteja fazendo julgamente pequeno seja você, infelizmente. Obrigado e volte e sempre.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

O outro lado do Glamour - Parte 4 - Final

Esse post começa com uma pergunta: Você acha que a sua banda favorita faz sucesso?

Você pode responder que sim, você pode achar que a sua banda favorita faz muito sucesso, mas isso nunca será verdade, ao menos é claro que esse sucesso esteja estampado no comércio fonográfico japonês e realmente seja lucrativo, afinal, no mundo capitalista sucesso é igual dinheiro.

Você já parou pra se perguntar porque alguns artistas (tanto indies quanto major) vendem singles, álbuns, mini-álbuns (conhecidos no ocidente como "EP's") e vendem DVDs com PV (Promotional Videos, conhecidos aqui como Vídeo promocional ou apenas "videoclipe") em tantas versões? , Tipo A, tipo B, Edição limitada, e infinitas outras coisas que no fim são praticamente iguais e no final de um ciclo relançam as mesmas coisas com outro nome?

Bom, se você nunca parou pra pensar nisso a resposta é simples: Dinheiro.

A cena visual kei é repleta de meninas que querem se mostrar "mais fãs" que outras, elas comprar tudo que uma banda lança, e isso faz a banda lucrar o dobro (ou triplo, quadruplo) vendendo a mesma música mais de uma vez.

Isso causa um efeito no ocidente que faz uma banda parecer muito mais popular do que realmente é (E na verdade, até mesmo acaba parecendo mais popular do que realmente é no próprio Japão)
Caso uma banda tenha 500 fãs e lançam um single em 3 formatos, ao invés de venderem 500 cópias, venderão 1500. Muitas bandas entraram na Oricon sem ter uma fanbase que pudesse sustentar, e isso tem um motivo: A oricon não contabiliza os tipos diferentes de singles. Se ele sai em 3 versões diferentes, as vendas são somadas como se fosse apenas um.

O resultado disso você acaba vendo chegar no ocidente: Bandas despreparadas, beirando o amador, banda virando major sem ter público suficiente pra vender seus álbuns, gravadoras forçando bandas a lançarem mais singles seguidos para poder preencher a cota e terem lucros com uma fanbase reduzida, e o pior: o público engole isso quieto.

Aqui no Brasil nós vemos milhões de campanhas pra qualquer banda vir para o país, a anos existe o boato do the GazettE se apresentando por aqui, outros boatos envolviam o Girugumësh e o Moi dix Mois, e antes até mesmo do Charlotte se apresentar por aqui até o BLOOD quis vir. O fato é que nenhum show de banda visual kei se sustentou no país, os únicos que tiveram algum retorno confiável para quem produziu foi An cafe e Miyavi. Por que em um outro lado que você provavelmente não conhece, o Guitar Wolf já esteve no Brasil mais de uma vez e foi muito bem obrigado, e por que? Por que o público deles é adulto.

Muita gente reclama do visual kei virar "modinha", e eu lamento tirar a razão de vocês, mas este país está muito longe de ter este estilo como tendência, são quase 200 milhões de habitantes e o máximo que um show visual kei teve aqui foi cerca de 4 mil pessoas no X-Japan, e olha que eles são a tal "maior banda de rock do Japão" segundo a própria divulgação desse concerto. Se eles são a maior, imagina o que seria se uma banda com muito menos fãs viesse parar aqui? O vocalista do Gram Maria e o GPKISM sentiram.

Fim.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Entrevista: yu~ki (A'urea)

yu~ki é baixista e DJ de festas de música japonesa residente em Porto Alegre (capital do Rio Grande do Sul, caso não saiba) e esteve envolvido nos shows das duas bandas japonesas que fizeram shows na cidade: Monoral e GPKISM, confira a conversa que tive com ele:


Como você conheceu o visual kei?
yu~ki: Eu conheço X-Japan a cerca de 8 anos, mas a primeira vez que eu ouvi a palavra visual kei foi em 2005, um amigo me mostrou Beast of Blood do Malice Mizer e ficou me perguntando se eu achava que o guitarrista era uma mulher, no começo não dei muita bola, ele gravou um CD com as músicas da banda e a primeira faixa que eu ouvi foi Syunikiss, pensei que ele tinha gravado a banda errada pois era muito diferente do que ele tinha me mostrado, quando vi um video ao vivo de Gekka no Yasoukyoku foi paixão, ele gravou uma série de bandas japonesas pra mim em CDs, então eu conheci Dir en grey, Gackt, L'arc~en~ciel e Penicillin, a primeira banda que baixei foi Kagrra, e certamente essas bandas foram as principais que fizeram eu me tornar fã do estilo

Você se tornou baixista por causa do visual kei ou já tocava antes? Além da A'urea quais outras bandas visual kei você teve?
yu~ki: Não, eu já estudava música antes e tocava na noite como sideman de bandas de rock'n roll e de metal extremo, conheci visual kei com quase 17 anos e ja tocava desde os 15, meu ídolo maior sempre foi o Flea do RHCP, o visual kei me encantou pela liberdade que os músicos tem de serem o que quiserem sem se importar com estilos, isso me fez abrir a mente para muitas coisas na música.
Antes da A'urea eu tive algumas tentativas frustradas de formar bandas  de visual kei, até que em 2009 eu acabei participando da Madelleine, ajudei na produção do single e foi uma experiência muito divertida, além de ter conhecido os músicos que atualmente formam a A'urea comigo, acabamos nos tornando grandes amigos e com idéias parecidas e tudo isso graças a Madelleine

O seu perfil no facebook descreve que você foi/é DJ de festas de música japonesa, como é essa experiência?
yu~ki: Porto Alegre sempre se diferenciou do resto do país por causa das festas, em 2006 eu ainda estava começando no visual kei, mas as pessoas ja me viam como um fã, me tornei promoter da Tokyo Nights e em seguida o DJ residente da festa me deu a oportunidade de ser DJ da mesma pois eu ja tinha experiência com electro e industrial.
Depois de um tempo nós conseguimos data fixa em um clube muito conhecido no underground da cidade e isso foi muito bom pois muita gente passou a conhecer o nome do visual kei por causa disso, mais tarde a equipe teve a oportunidade de trazer a primeira banda japonesa pra Porto Alegre, o Monoral, em 2008.
No ano seguinte eu me tornei DJ e produtor da J-Party Ballads e no final daquele ano a produtora da festa trouxe o GPKISM, foi muito legal poder ficar perto desses artistas, hoje minha relação com essas festas é apenas como DJ, mas eu produzo uma festa chamada Overlord que dá espaço para novas bandas inspiradas em visual kei que queiram divulgar seu trabalho e outros convidados, é a primeira festa exclusiva de visual kei na cidade.


No release da A'urea do facebook diz que vocês "reescrevem" o visual kei, o que isso quer dizer?
yu~ki: No Brasil os fãs acham que pra ser visual kei precisa ser japones, e nós não somos japoneses e nem temos a estética e aparência de japoneses, tentamos adaptar o conceito do estilo a nossa realidade, queremos fazer música sem nos preocuparmos como a forma que ela irá soar, queremos poder vestir as roupas que formariam um conjunto interessante com a música sem parecer forçado, tem que ser sincero, por isso estamos tentando reescrever a idéia toda par a nossa realidade e necessidade.

Qual a inspiração para compor as músicas?
yu~ki: Experiências que vivemos, muitas vezes frustrações mas de uma forma poética, temos muitas experiências, alegres e outras nem tão alegres assim, mas sempre buscamos fazer com que a música soe exatamente como trilha sonora do conteúdo que ela vai tratar, mesmo que uma música soe triste sempre haverá outra pra dizer que está tudo ok.


Como é a recepção do público em relação a música que vocês fazem?
yu~ki: Muitas pessoas nos compreendem mal as vezes, principalmente porque eu sou uma pessoa que não mede palavras, eu sempre digo o que precisa ser dito e eu sou muito direto quando algo não me agrada nos shows, algumas pessoas não entendem isso e vêem como grosseria ou prepotência.
Fico feliz quando pessoas novas aparecem em nossos shows e quando casais se beijam em nossas músicas mais romanticas e quando dançam nas mais eletrônicas, isso mostra que de alguma forma nosso sentimento está chegando até essas pessoas, temos menos de um ano de banda e ainda não deu pra entender bem como o público reage, mas até agora sempre foi uma recepção boa e eu fico feliz quando as pessoas gritam pedindo para tocarmos tal música, a outra parte não fala nada, acho que ficam meio indiferentes ou até em dúvida se gostam ou não por nossas músicas serem ímpares e em português, alguns esperam que sejamos a "Madelleine com outro nome", mas não fazemos mais músicas em japonês.

Como você definiria a cena de bandas visual kei no Brasil?
yu~ki: Eu não sei bem que palavra usar para definir a cena, eu acho que falta mais união, apesar de eu ter amigos em outras bandas de outros estados e trocarmos experiências e ajudas constantemente, a maioria das novas bandas se mantém isolada.
O Brasil é um país grande e as vezes romper a barreira da distância fica difícil, mas aqui mesmo em porto alegre eu noto que existe muita individualidade de certas bandas, eu acho que se as bandas tivessem vontade de aprender como serem mais profissionais e pensarem em mercado, poderia existir uma cena sólida, mas eu acho que a maioria das bandas e os fãs ainda são adolescentes e não compreendem certas coisas direito.

Como você descreveria os fãs de visual kei no Brasil?
yu~ki: Se você me permite chutar o balde, além dos colegas de algumas bandas, é menos de 10% que eu respeito, o resto eu poderia cuspir na cara delas e me sentir feliz por ter feito uma boa ação.
São crianças mimadas, eu já desisti de tentar trabalhar pra esse público a algum tempo, por isso a A'urea está tentando buscar novos ouvintes na cena de rock mais tradicional


O que você acha que falta para o visual kei se popularizar no país?
yu~ki: Eu tenho muita fé que os fãs se tornem adultos sensatos e que as bandas pensem de forma mais profissional, acho que esses dois pontos somado a união de quem acredita que é possivel pode fazer uma baita diferença


Gostaria de dizer algo relacionado aos assuntos abordados ou qualquer mensagem para os leitores do blog?
yu~ki: Psychedelic Violence - Crime of visual shock


Agradeço ao yu~ki pelas respostas e pelo tempo gasto.
O Facebook da A'urea é http://www.facebook.com/OficialAurea e em breve a banda estará disponibilizando suas músicas para download gratuíto.

att,
Anônimo

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

O outro lado do Glamour - Parte 3

Talvez por ser uma sociedade conservadora, sempre que um músico de banda japonesa morre, na maioria das vezes, nunca são revelados os verdadeiros motivos, na primeira parte dessa série eu dissertei sobre a pirâmide das gravadoras japonesas, na segunda parte eu coloquei alguns fatos (e também boatos) sobre como as labels procedem com seus artistas nos bastidores, e agora eu falarei sobre o fim trágico que alguns artistas ganham ao entrar nesse jogo chamado de "mafia do visual kei".

No último post você leu que os membros de bandas visual kei vivem uma rotina de semi-escravidão e que muitos deles são tirados da marginalidade para formarem bandas, mas uma coisa que não citei e que de certa forma é bem pessoal, é que todos eles, mesmo que façam sucesso, continuam sendo humanos e estão sujeitos a doenças, emoções, sentimentos e outros coisas que todos nós não estamos livres.

Como no mundo todo, a cena visual kei não é uma abençoada, apesar do glamour todo, fora dos palcos os membros de bandas são pessoas como qualquer outra, e estando no meio rock e vindos da marginalidade, como em todo mundo, as drogas são coisas frequentes na vida de todos.
Não importa o motivo, quase todos os membros de bandas visual kei já estiveram bem próximos das drogas, para quem acompanha sites japoneses onde são discutidos os bastidores da cena pelos próprios fãs, não é difícil achar assuntos que falam dessa relação.
Quando o vocalista Daisuke morreu, a causa da morte não foi revelada, mas bastou a informação chegar as massas que logo as noticias apareceram, provavelmente ele estaria envolvido com tráfico de drogas e com a Yakuza, para um fã brasileiro isso pode parecer algo trágico, para eles isso é até normal.
Muitas mortes na cena visual kei foram inexplicadas, é claro, a morte de Hideto Matsumoto até hoje também é uma incógnita, mas devido a época, dificilmente ele tenha sido vitima de drogas, visto que a versão mais aceita é de que foi um acidente, o que não exclui que possa ter sido suicídio.
Aliás, suicídio é uma ótima causa de morte quando você vê as portas se fechando e sua perspectiva começa a morrer, afinal, quem se sentiria bem se desse o sangue por uma banda durante mais de 10 anos e ela acabasse simplesmente por ordem da gravadora por que "ultimamente as vendas não iam bem"? Se Isshi, vocalista do Kagrra estivesse vivo ele poderia nos responder.
Mas drogas e suicídio são coisas que sempre estiveram presentes em todos os estilos de rock, e não só eles, muitos músicos que precisam se prostituir para ter dinheiro no começo da carreira carregam marcas pela vida toda, doenças são coisas comuns e mesmo para o frágil japonês nenhuma doença poderia matar alguém em menos de uma semana ao menos que fosse em decorrência da AIDS, vocês poderiam perguntar isso para o baixista Jasmine Yuu se ele fosse vivo.
Todo mês os sites japoneses estão lotados de notícias de membros de bandas desaparecidos, que somem sem dar notícia e acabam deixando suas bandas simplesmente sem saber o que fazer, isso é realmente estranho para nós, mas eles sempre tem uma resposta para esses mistérios, a cena visual kei como "máfia" possui um lado ruim que difere totalmente do glamour em cima dos palcos

Ou você realmente acha que bandas como Dir en Grey fazem apresentações tão enérgicas de cara limpa?

Crianças do Brasil...

Acordem.

att,
Anônimo

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

O outro lado do Glamour - Parte 2

Na Primeira parte desse post eu falei sobre as gravadoras e da influência de Yoshiki Hayashi e Dynamite Tommy sob a industria fonográfica japonesa, nessa segunda parte irei colocar o lado underground da coisa, como funcionam as labels de visual kei independentes no Japão.

Se nos anos 80 os artistas formavam suas próprias labels para lançar as suas bandas, os anos 90 foi marcado por artistas e não-artistcas interessados no dinheiro que essas bandas podiam gerar.
Nenhuma das bandas indies do final dos anos 80 poderiam dar muito lucro pra qualquer produtor, mas se ele fizesse uma label com 10 bandas ele poderia facilmente ter uma fonte de renda explorando "artistas" que não tinham nada a perder.
Certo tempo atrás caiu na internet uma matéria de um suposto empresário que trabalhava com o que ficou conhecido como "máfia do visual kei", em um artigo muito tendencioso ele citou várias falcatruas e golpes que os donos de labels e seus produtores faziam e mostrando todo o lado fora do glamour e brilho dos palcos.
Muita coisa que essa figura (que curiosamente também é anônima) disse pode ser facilmente notado para expectadores mais atentos ou pessoas ligadas diariamente ao que acontece no Japão através da internet, porém muitas coisas ditas naquele artigo eram de certa forma duvidosos então eu colocarei aqui o que de fato acontece e é comentado nos bastidores da cena visual kei, e ao final do post colocarei os boatos.

Formando as bandas visual kei
O Visual kei é um estilo underground, nos anos 90 as bandas se formavam pelas simples intenção de fazer rock e usavam os visuais como forma de mostrar identidade, quando as labels visual kei independentes começaram a se formar, eles precisavam de artistas para obter mais lucros.
No final dos anos 90 o estilo começou a decair, as bandas que tinham a vontade de fazer rock não estavam mais vendo no visual kei um espaço bom para trabalhar, então os donos de label tiveram que traçar alguns planos para continuar lucrando.
Qualquer jovem que não tivesse estudo, que fosse causa perdida ou um rebelde sem causa, expulso de casa e vivendo à margem da sociedade era um alvo em potencial para virar um membro de banda visual kei, afinal, ele não teria nada a perder a ainda teria a chance de ser famoso.
Isso acontece até hoje, donos de labels escolhem jovens perdidos e os convencem a formar bandas de visual kei com pessoas que ele nunca viu na vida, formam-se bandas, elas acabam porque não deram certo, mudam o nome dos "músicos" e formam uma nova banda trocando os integrantes por de outras bandas que também não deram certo, até uma finalmente despontar.
Ás vezes esses jovens nem ao menos tocar sabem, e muitos viram roadies para somar certa experiência com a música e a vida nos palcos, são poucas as bandas que sobrevivem mais do que 3 ou 4 anos formadas dessa forma, e isso fica evidente devido ao número alto de bandas que anunciam Kaisan antes de completarem 4 anos de existência.

A vida dos membros de bandas visual kei.
Se é que se pode chamar de vida, a rotina de um membro de banda poderia ser chamada de "escravidão". Muitos não ganham absolutamente nada, a maioria do dinheiro é investido na própria banda e pro músico poder se manter ele precisa ter um trabalho de meio turno ou -na maioria das vezes- se prostituir. Essa pratica de "prostituição" é inclusive encorajada pelas labels, é talvez a única forma realmente lucrativa desses jovens terem algum dinheiro.
Muitas vezes as labels alugam apartamentos e colocam mais de 10 jovens para dividi-lo, membros de bandas que não tem dinheiro para cobrir despesas com moradia, e outras coisas básicas, tudo movido pelo sonho de ser um rockstar. Izam vocalista do grupo Shazna deixou público que durante muito tempo teve que dormir no carro e fazer a maquiagem no retrovisor pois as casas de show raramente tinham um camarim.

Drink Partys
As Drink Partys são pequenas reuniões que as labels promovem para celebrar alguma coisa, exatamente como um coquetel aqui no Brasil, porém com uma diferença: São fachadas para os membros de banda se prostituirem.
Fãs pagam caro para estarem presentes nas Drink Partys para terem a chance de estar perto dos seus ídolos, e elas podem até ter a chance de sair com eles - se tiverem dinheiro para isso-, e isso envolve desde dinheiro vivo até presentes caros ou outras coisas valiosas, alguns membros de banda mantém esse tipo de prática com fãs enquanto elas compram os materiais da banda, mas eles não podem se relacionar com elas de forma mais íntima.

Regras na cena visual kei
As labels colocam regras dentro da cena para manter o lucro das bandas com vendas de materiais. São proibidas que se tirem fotos em show, você deve comprar as fotos oficiais lançadas pela banda. Membros de bandas não podem ser expostos em público, qualquer exposição dos membros de bandas fora do palco faz com que parte do "glamour" da banda seja perdido, a cena visual kei vende para o público feminino e elas precisam ter esse encanto e esse sonho adolescente para gastarem todo seu dinheiro comprando os materiais das bandas.
Os membros de bandas também são proibidos de namorar, caso um membro de banda namore e isso se torne público, o encanto das fãs também some, e e elas param de comprar material da banda, por isso também é extremamente proibido que os membros de banda se relacionem íntimamente com fãs, pois o objetivo máximo da maioria delas é ter uma noite com seu ídolo e se essa relação acontecer o encanto também acaba e ela procura outro artista para gastar o seu dinheiro.

Boatos
Alguns boatos que correm a cena visual kei e que são discutíveis envolvem questão de produção das bandas.  Um deles é de que em labels com muitas bandas e muitos jovens tirados da marginalidade, existe um produtor na label que compõe boa parte das músicas e arranjos para a maioria das bandas, isso explica o porque algumas labels do fim dos anos 90 terem uma sonoridade musical próxima e por que tanto as bandas daquela época como as de agora se tornaram/tornam iguais e repetitivas.
Outro boato comum é sobre a "verdadeira máfia" que rodeia o visual kei, como por exemplo, a relação de alguns fatos com outros: Kisaki saiu do La'Sadies, virou dono de label e os outros membros formaram a banda que influenciou boa parte da nova geração, tendo inclusive um album com produção assinada por Yoshiki Hayashi. Gackt saiu do Malice Mizer em 1999 por desentendimentos com a gravadora (que é de Mana-Sama, guitarrista do Malice Mizer), o Gackt se torna um dos artistas mais populares do Japão pela Nippon Crow (Subsidiária da Sony music, mesma casa da Nippon Columbia, gravadora Major do Malice Mizer) e o Malice Mizer volta ao seu status de indie e anuncia "hiatus" menos de 2 anos depois.

Na parte três eu abordarei um assunto que gera turbulência no underground japonês: as mortes no visual kei.

Acordem.

att,
Anônimo

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Falando em fãs...

...recebi um comentário em um post e fiquei feliz ao ver que era algo até extenso, mas a cada palavra que lia rolava de rir.
Existe um pequeno erro em as pessoas acharem que acham. É uma "acho que acho" infinito e as pessoas tem a capacidade de entupir e gastar tempo falando de algo que nunca viveram achando que são reais, enfim, eu não vou me estender, mas deixarei o comentário em forma de post para todos lerem:

"Uma pessoa anônima me pediu pra colar o comentário dela:

"O que é Visual kei?

Visual kei , como conhecemos no ocidente, é um movimento musical japonês que teve origem nos anos 80 e que é definido pela liberdade musical e visual de seus músicos e uma forte relação com um conceito, o que dá um ar teatral às bandas que são rotuladas assim."

Errado. Primeiro, vamos ao conceito de "movimento":

"Movimento - agitação, fermentação política; Denominação de certos agrupamentos políticos"

Fonte: Larousse Cultural.

Qual objetivo do visual kei? Nenhum. Sabe porque nenhum? Porque para os próprios artistas que compuseram a primeira leva do visual kei, para quem "formulou" o visual kei, havia controvérsias sobre o sentido dele.
Para uns era uma forma de expressão, para outros era um estilo de indumentária, para outros, era um sentido de vida, uma filosofia. Que tipo de movimento se articula sem base?

"definido pela liberdade musical"

Mentira. O visual rock (colega, você já erra por chamar o estilo músical puramente de 'visual kei') como qualquer estilo musical, teve uma base clara de composições bem semelhantes, até "vertentes", por assim dizer. Haviam vertentes mais puxadas pro metal, tipo o X Japan e aquele pop experimental tipicamente japonês do LUNA SEA, MASCHERA, Laputa etc. O pop rock mais puro e de influências Glam, tipo o DEAD END e os mais "góticos", tipo BUCK-TICK e SOFT BALLET (que eram mais pro dark wave etc.). Não era "libertário".

"e uma forte relação com um conceito, o que dá um ar teatral às bandas que são rotuladas assim."

Que conceito?? Ar teatral? Sabe o que é teatro? O que eles tinham era PERFORMANCE, não ar teatral. Virou Kabuki agora?""



Pois bem, você diz que eu errei ao definir o visual kei como um "movimento", de acordo com sua própria definição da palavra, ele mesmo diz que estou certo, por que apesar de muitos artistas não estarem certos sobre o objetivo, isso não exclui o fato de que gerou uma repercussão social, uma agitação no underground japonês em volta dessas bandas e, a partir do momento em que se formaram as labels essas bandas foram agrupadas, o visual kei foi sim um movimento musical, e isso estava nas ruas e não em uma página de dicionário.

Muitos artistas em entrevista deixam claro quando perguntam o porquê de estarem em uma banda visual kei: a liberdade. Logo, chame as bandas de mentirosas, não à mim.

Essas "bases claras de composições semelhantes" é o que geral definiu como "visual rock" e eu falei disso já em outro post, se você tivesse lido não estaria falando besteira, mas se você fica feliz eu posso escrever sobre "Visual kei x Visual rock"

Caso você não saiba, muitas bandas visual kei possuem conceitos, mas você também não deve saber disso porque conhece as bandas "por cima", não entende japonês e depende das traduções do google ou de pessoas fanáticas que traduzem as letras... miyavi veio pro Brasil com uma turnê chamada "This is the japanese kabuki rock" e eu realmente fico triste em saber que esses anti-fãs como vocês se sintam bem em ser tão ignorantes.

att,
Anônimo

O outro lado do Glamour - Parte 1

Nos anos 90 o Japão viu o auge do visual kei, essa popularidade cresceu devido a duas pessoas: Yoshiki Hayashi e Dynamite Tommy.

Cada um deles cuidou do visual kei em sua região, sendo Yoshiki Hayashi dono da Extasy Records e Dynamite Tommy dono da Free-Will. Essas duas gravadoras foram fundamentais para direcionar o visual kei ao mainstreem, a partir do momento em que ele começou a ser visto de forma lucrativa, surgiram centenas de selos independentes que agregaram bandas em busca de dinheiro, e existem muitas histórias que circulam os bastidores sobre as formas inescrupulosas que essas labels comandavam seu cast de artistas. Abaixo farei uma breve lista de algumas labels indie de visual kei:

Applause Records
Dono: Kamijo (Lareine/Versailles)
Periodo e Status de atividade: 2000-2006, indie (Se tornou agregada da Sharow Artist Society em 2006)
Bandas: Lareine, Izabel Varosa, Belles.

Tears Music
Dono: Fujiwara Yasuhiro
Período e status de atividade: 1993-2000, indie
Subsidiários: Ennamel Records, Monster Production e Key Party
Bandas: Media Youth, Penicillin, Silver~Rose, Sleep My Dear, orivia, Celluloid
**Ennamel Records
    Bandas: Baiser, Domestic Child, Je*Reviens, Yukari, Raisen Virus
**Monster Production
    Bandas: Baiser, Deshabilliz, 
**Key party
    Bandas: Agnus~Dei, CROW, Aliene Ma'riage, NéiL, NOi'X, Eliphas Levi, Missalina Rei, Lar~mia, Noir Fleurir, Rapture, SPEED-iD


Matina
Dono: Kisaki (Phantasmagoria)
Período e status de atividade: 1997-2002, indie.
Subsidiárias: Eternal, Storm
Bandas: Azalea, Crescent, Das:Vasser, Derail, Describe, Distrail, Dué Le Quartz, Eze:qul, GARDEN, Gu:laymu, Kawon, Lavender, Laybial, Lubis Cadir, Lumi/Ere, Madeth Gray'll, Mars, Mëbius, méffist, MIRAGE, Mist of Rouge, NADIA, Remage, Ruiza, Sense of Shapes, Syndrome, Vierge, vellaDona, Zephyr
**Eternal
    Bandas: Cuartet, Deadly Sanctuary, gazette, Vice†Risc, Sugar Trip, Kar'MariA, La'miss†fairy, Kilah, Earl Grey, Garnet, Kar+te=zyAnoze,  Gill'e cadith
**Storm
    Allure idea, ArcAdiA, I's, Philia.

Under Code Production
Dono: Kisaki (Phantasmagoria)
Período e status de atividade:2003-presente, indie.
Bandas: Phantasmagoria, Megaromania, chariots, 12012, ClearVeil, E'm Grief, Hiskarea, hurts, karen, Lamina, Siva, Mist of Rouge, Mar'Derayla, Vidoll, Zodia, Kisaki project, entre outros.

Midi:nette
Dono: Mana-Sama (Moi dix Mois)
Período e status de atividade: 1993-presente, indie.
Bandas: MALICE MIZER, Moi dix Mois, Schwarz Stein

Red List Entertainment
Dono: Kawanishi Shingo (Jesus_Christ/La~Bial)
Período e status de atividade: 2006-2010, indie
Bandas: DIO~Distraught Overlord~, XOVER, VII-Sense, S-S, Low Head Machine, Secilia Luna, Dollis, auncia, 

Darkest Labyrinth
Dono: Kiwamu Kai (BLOOD)
Período e status de atividade: 2000-presente, indie.
Bandas: BLOOD, Dj SiSeN, Seileen, Takuya Angel GPKISM

Starwave Records
Dono: Kiwamu Kai (BLOOD)
Período e status de atividade: 2010-presente, indie
Bandas: BLOOD, Misakura, Tokami, THE SOUND BEE HD, Suicide Ali, Xodiack, Variable Messiah entre outras

Sharow Artist Society
Dono: Kamijo (Versailles)
Período e status de atividade: 2006-presente
Bandas: Versailles, Matenrou Opera, Hizaki Grace Project, Metis Gretel, Dollis Marry.

Extasy Records
Dono: Yoshiki Hayashi (X-Japan)
Período e status de atividade: 1986-presente, indie.
Bandas: Gilles de Reis, Glay, Ladies Room, Luna Sea, Media Youth, Tokyo Yankees, Virus, X Japan, Youthquake. Zi:Kill, The Zolge, entre outras.

Free-Will
Dono: Hiroshi "Dyamite Tommy" Tomioka (COLOR)
Período e status de atividade: 1986-presente, 
Bandas: BIS, By-Sexual, COLOR, Dir en grey, Kamaitachi, Rentrer en Soi, SPEED iD, Red Tail Cat, Gilles de Rais, entre outras.


De todas as labels acima citadas, as duas últimas estão no topo da pirâmide. Elas comandam desde 1986 o que grande parte do público japonês irá ouvir.
Tanto a Free-Will quanto a Extasy records são distribuidoras das maiores gravadoras do Japão, sendo que a Free-will cuida indiramente dos negócios de outras gravadoras como a Ps Company (que nem citei ali pois todos devem conhecer).
A free-will tem contrato direto com a Sony, e também com a Avex Group que é a maior rede de faturamento artístico japonês atualmente. Podemos dizer que se um artista virou major é porque Dynamite Tommy ou Yoshiki Hayashi assim quiseram, eles comandam: King Records, PS Company, tem contratos com Universal Music, Sony, EMI, BMG e qualquer outra gravadora que você possa imaginar e exista no Japão.
No próximo post dessa série vou colocar como as labels indies escolhem seu cast e como vivem os músicos de visual kei no Japão.

Acordem.

att,
Anônimo

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Entrevista: Irie (Allumina)

Irie é uma pessoa que está ligada ao visual kei no Rio de Janeiro a mais de 10 anos, atualmente guitarrista da banda Allumina, ele já integrou outros grupos de visual, sua antiga banda, a Personna, fez a abertura do show do Kagrra, no Brasil, acompanhe a conversa que tive com ele:


Como você conheceu o visual kei?
Irie: Eu conheci o visual kei em 2000, "por acidente". Eu e mais uns amigos fomos na casa de um amigo da época pra jogar videogame. Esse amigo, que era o anfitrião da casa, vivia reclamando de uma banda chamada Malice Mizer e reclamava do Mana, que ele era estranho, que era um travesti feio, daí resolveu mostrar uns vídeos dele. A música que ele mostrou foi Gekka no Yasoukyoku e de cara eu gostei! Depois ele me mostrou o clipe de Myaku do Dir en Grey e à partir daí fui conhecendo as bandas clássicas como X JAPAN e LUNA SEA. Como na época era difícil de arrumar material pra conhecer bandas, dei muito mais valor.

Foi por causa do visual kei que você se tornou guitarrista ou já tocava antes? Quais bandas de visual kei você já teve nesse tempo?
Irie: Eu me tornei guitarrista por causa do visual kei. Existe um vídeo do Kagrra de Setsunaru Kotoba que quando eu vi eu fiquei louco! Na mesma época eu vi o Lunatic Tokyo do LUNA SEA. Especificamente na música TIME IS DEAD, o guitarrista SUGIZO vai pro meio do Tokyo Dome fazer o solo de guitarra. Quando eu olhei isso, eu pensei: "É isso que eu quero fazer. Quero tocar guitarra e ser um astro como eles".
Eu tive bandas visual kei com ideais que a galera no Brasil não entendeu muito. Eu participei da Kurohana, Marbellia, Personna, Makiavel e Iria

Antes da Allumina você integrava a Personna, correto? Qual o propósito que você tinha quando era integrante da Personna?
Irie: No início da Personna nós todos queríamos apenas nos divertir e tocar cover de bandas old school. Com o passar do tempo eu quis que a banda ficasse séria e que fizessemos composições em português misturando música brasileira com o estilo do visual kei. Fizemos uma música que misturava bossa nova com visual kei e a idéia era investir nisso, mas não deu certo por causa de problemas internos na banda mesmo.

A sua nova banda faz um som baseado em visual kei com letras em português, como é a recepção do público ja familiarizado com o visual kei?
Irie: Na verdade o Allumina continua mal compreendido. Eu cheguei num ponto onde tudo o que eu quero fazer é música sincera, é arte. O Brasil tem fãs de visual kei, mas a maioria dos fãs não tem maturidade pra valorizar as coisas. O nosso trabalho é inspirado em visual kei até porque é o que ouvimos majoritariamente, mas usamos isso como um diferencial, já que na estética não somos tão visual kei assim e pensamos que ter uma endumentária muito elaborada como os japoneses fazem é complicado, já que é muito calor, não temos estrutura e atrapalha um pouco. Sobre o som, muitas bandas tem como inspiração o blues, mas não é isso que eles tocam. É rock e pronto. O LUNA SEA quando surgiu não chegou e falou: "nós vamos ser visual kei". Além de não existir o termo na época, eles só queriam fazer o som deles do jeito mais sincero possível e se vestir como quisessem. No Allumina funciona assim também, tanto que eu sou a pessoa que usa maquiagem porque gosto. Algumas pessoas falam que nosso som parece com abertura de desenho japonês, outras gostam e acham diferente e outras pessoas se abstêem de comentários.

Na descrição da comunidade da Allumina no orkut, está escrito que vocês buscam uma "releitura" do visual kei, no que isso é baseado?
Irie: Essa releitura é justamente o que eu expliquei na outra resposta. Somos muito influenciados pelo visual kei. Nossa escola pra aprender os instrumentos foi o visual kei. Queremos trazer essa influência como diferencial no nosso som. Nós fazemos shows com todas as poses e atitudes do visual kei também. Essa é a nossa influência e é a tal "releitura". Adaptar ao máximo à nossa realidade o visual kei, que muitas pessoas tem preconceito ainda.

A Allumina se inspira em que para compor suas músicas?
Irie: Nas frustrações da vida. Nós geralmente mostramos o lado positivo das situações, ao contrário de muitos artistas. Se vamos falar de morte, então vamos falar de um modo positivo.

Como você definiria a cena atual de bandas visual kei no pais?
Irie: Não existe né? As bandas encontram dificuldades demais e principalmente a falta de apoio dos fãs de visual kei daqui. Cada vez menos existem bandas do estilo aqui e quando tem, elas se preocupam em fazer composições em japonês, não criando assim um mercado ou uma cena de verdade que seja rentável e auto sustentável. Com isso, qualquer protótipo de cena que é criado acaba se destruindo pela união da ignorância entre as bandas e os fãs.

O que você acha que falta para o estilo se popularizar no Brasil?
Irie: Bandas compondo em português e se unindo com outras bandas que fazem propostas sérias. As bandas tem que pensar como artistas e empresários ao mesmo tempo e não pensar como amadores. Tem que batalhar mais e mais e pensar que sozinho, ninguém tem força. O apoio mútuo é muito importante pra se ganhar respeito aqui também.

Como você descreveria os fãs de Visual kei no Brasil?
Irie: Imaturos em sua maioria. Não podemos generalizar, mas fanbase que briga por lugar em fila de show é no mínimo infantil e medíocre. Na hora do show, não adianta em nada você ter perdido até madrugadas em filas se sempre vai ter alguém que vai chegar mais na frente do que você se essa pessoa for mais forte.

Gostaria de dizer mais alguma coisa sobre os assuntos abordados ou alguma mensagem para quem lê o blog?
Irie: Os fãs de visual kei no Brasil tem que deixar o ego de lado e se unirem mais. Se tem bandas japonesas vindo pra cá hoje em dia, boa parte foi por causa de bandas brasileiras que sempre organizaram shows e tentaram chamar mais e mais fãs pro estilo e difundir cada vez mais. Valorizem mais os trabalhos daqui também porque existe muita coisa interessante já à mostra e por vir.



Agradeço ao Irie pelo tempo que dispôs para responder as perguntas,.
o Facebook da Allumina é: http://www.facebook.com/Allumina e você pode baixar as músicas gratuitamente.


att,
Anônimo

A cena de bandas visual kei nacionais.

Meus caros leitores, se existe uma razão para vocês terem shows de bandas japonesas nesse país, o motivo é apenas um e ele está no título desse tópico.
Não vamos entrar em mérito de qualidade, muita gente tem preconceito com as bandas nacionais (e algumas realmente são muito amadoras) mas elas foram sim as maiores responsáveis pela vinda de bandas japonesas até as terras tupiniquins.
"Como?" você deve estar se perguntando, pois eu respondo:

O Brasil não tem mercado nenhum que venda visual kei, o único jeito de você ter um CD é importando, você não tem revistas que falem de visual kei, não tem programas de TV, não tem acesso a nada que a cena visual kei japonesa oferece a você se não for atráves da internet.
As bandas nacionais que inicialmente eram bandas covers  são os principais motores de divulgação do estilo no país, principalmente as bandas que não tem como foco os eventos de anime, desbravando o mundo da cena de rock tradicional, as bandas que tem influência de visual kei tentam colocar seu estilo de fazer música no meio dos já manjados rock's ocidentais, afinal, você deve achar que o rock do Japão é o melhor do mundo.
Porém, existem alguns problemas que precisam ser abordados:
NÃO EXISTE cena visual kei no Brasil, você pode até dizer que só de existir bandas quer dizer que já existe uma cena acontecendo, mas não é assim que funciona, a cena precisa de uma coisa chamada união para poder acontecer, e a coisa mais comum que se vê nos fãs de visual kei no Brasil é egoísmo, síndrome de underground, fãs que odeiam outros fãs, falta de modéstia e humildade e eu acho que eu poderia ficar aqui horas citando todos os defeitos que essa cena inexistente possui.

Muitas bandas ainda são amadoras, o primeiro passo para ser levado a sério, é ter um trabalho sério, para criar um mercado nacional as bandas precisam parar de quererem ser japonesas, por que como eu disse em outro post, você pode gostar da música do Japão, pode alisar seu cabelo para parecer um japonês, pode fazer música na língua japonesa, MAS VOCÊ NÃO É JAPONÊS. é um brasileiro medíocre e fim.
Muitos fãs de música japonesa e visual kei não aceitam que bandas façam "música visual kei", mas eu já expliquei isso em outro post também, e é completamente ridículo você achar que só por que é do Japão é bom e se é brasileiro é uma merda.
Se a música brasileira atual está uma merda, é por que vocês, OS FÃS, deixaram ficar assim, é muito mais fácil amar a grama do vizinho que é mais verde do que a nossa, por isso a música de qualquer pais vai ser melhor que a brasileira, talvez você seja tão idiota que comece a ouvir rock da Arábia Saudita e dizer que é melhor só porque é de fora do país (E ainda é capaz de chamar de A-Rock, Arabian Rock só pra se sentir descolado).

Existem muitas bandas de rock boas no Brasil (não só de rock, aliás) e que não tem o devido reconhecimento simplesmente porque o público alvo deles está de olhos fechados esperando pra ouvir apenas o que é produzido fora do país, recentemente o X Japan esteve no Brasil, e em meio ao solo de violino Sugizo tocou a melodia da canção "Chega de saudade" de Tom Jobim, talvez seja um motivo para vocês valorizarem mais a música nacional.

Bandas, sejam mais humildes e menos egoístas, a cena seria muito maior se vocês fossem unidos, bandas que não tem experiência, procurem aprender com aqueles que já estão fazendo música visual kei a mais tempo, não é vergonha alguma, deixem o orgulho de lado. Bandas experientes, ajudam as novas bandas, se elas forem guiadas de forma correta logo poderão fazer coisas bacanas também

Para finalizar, deixo aqui uma questão para ser discutida:
Se o rock cantado em alemão ganhou o mundo, se o rock em japonês está também ganhando o mundo, porque o rock cantado em português também não pode?

att,
Anônimo

terça-feira, 4 de outubro de 2011

1K

O primeiro post desse blog foi feito no sábado dia 1 de Outubro de 2010, fazem 4 dias e eu realmente não imaginei que teria tantas visualizações em tão pouco tempo, chegamos a mil e fico contente, espero que o conteúdo do blog esteja realmente fazendo algum efeito.
Disponibilizei ali ao lado um botão para você colocar em seu site (blog, tumblr ou o que for) para ajudar a divulgar, não estou atrás de reconhecimento, status ou assemelhados, justamente por isso me coloco aqui como anônimo, apenas quero levantar questões que todos sempre souberam, viveram e no fundo sempre oprimiram, mas nunca tiveram como colocar isso pra fora, é para isso que estou aqui.
Também foi mudado o layout e aparência para que o blog possa ser lido de forma mais confortável.
Não esqueça, se você não concorda com qualquer coisa escrita aqui, apenas feche a página e siga sua vida, mas caso você concorde, divulgue, dê RT nos tweets, mostre o blog para os seus amigos e ajude a fazer do que você gosta algo legal, e não um motivo de piada para as outras pessoas.
Posso interagir com todos via Twitter, mas vou descobrir uma maneira de deixar tudo mais dinâmico, se você tem algo para dizer e gostaria de colaborar conosco, me mande um artigo e eu publicarei de forma anônima, o e-mail é: anon.jrock@yahoo.com.br
Sou também fã de Visual kei e rock japonês, e este blog não é destinado a divulgar o estilo, o objetivo desse espaço é abrir os olhos daqueles fãs que inconscientemente estereotipam a cena de forma negativa, e espero, com a ajuda de outros fãs sensatos, conseguir algo, nem que seja mínimo, para esse tipo de música alcançar muito mais do que é hoje.
Muito obrigado a todos por essas mil visualizações.

att,
Anônimo

Síndrome de underground tem cura?

Este assunto foi sugestão de um colega do Twitter e gostaria de agradecê-lo pois é um assunto muito interessante de ser discutido.
Será que a tal "Síndrome de underground" tem cura? É claro que tem, basta encher o pulmão e gritar: "VÁ SE FODER".

Existem muitas coisas que são discutíveis dentro desse assunto, afinal, o Visual kei é ou não é "modinha"?
O que são os fãs "posers"?

A pergunta sobre modinha é questionável. Visual kei ja foi um tendência no Japão (não absoluta) mas se tratando de Brasil o estilo está bem longe de ser uma "modinha". Isso tem um único motivo: os fãs não ajudam nem um pouco as suas bandas a serem reconhecidas.

Fãs do Gazette se organizam para colocar o nome da banda nos "trending topics" do twitter, isso seria realmente algo legal, mas vamos analisar o ponto de vista de alguém que não conhece a banda e vê ela no "TT":
- "Nossa, o que isso nos TT?"
Ele clica pra ver do que se trata o assunto e após rolar o scroll algumas atualizações abaixo percebe que são chats falando um monte de besteiras homossexuais sem conteúdo, de caráter no mínimo duvidoso escrito por pré-adolescentes que ainda possuem hímen e falando apenas do quanto os rapazes são bonitos e comentando de fanservices e do quanto é legal ver os músicos se esfregando em cima do palco.
-"Nossa, brasileiro gosta de tanta coisa gringa ridícula e ainda fala mal de Restart."

Na melhor das hipóteses o cara nem vai querer procurar nada, afinal, ninguém estava comentando da música, e ao menos que ele seja um pré-adolescente como supracitado ele não se interessará pela banda em questão.

Sites de downloads nunca foram uma forma eficiente de divulgar o estilo no país... geralmente você chega até estes sites depois já ter sido apresentado ao visual kei. Talvez o principal fato que culminou numa visibilidade mais abrangente do visual kei no pais tenham sido as bandas nacionais, muitas delas se apresentavam e se apresentam fora de convenções de anime, em lugares onde é comum as cenas rock tradicionais frequentarem , gente disposta a conhecer novas coisas, na sua maioria.

Como todos sabemos, não existe mercado de visual kei no Brasil. Não são fabricados aqui CDs de bandas japonesas e se você quer ter o CD da sua banda favorita você precisa importar de sites como a CdJapan. Alguns fãs também acham que comprar o material original do artista aqui no Brasil ajuda o artista a se manter e dá chances dele vir fazer show no Brasil, mas isso é ilusão.

Muitos dos fãs de visual kei no Brasil querem que seu estilo fique no escuro, longe dos fãs posers, mas como brasileiro é IDIOTA e adora modificar as coisas, também não sabem o que significa poser.
Segundo o dictionary.com, poser é uma pessoa que tenta impressionar os outros com algo que não seja o seu único e verdadeiro.
Analisando que o glam metal dos anos 80 era chamado de "poser" por alguns motivos, podemos dizer que o visual kei em geral é também "poser", pois a teatralidade faz com que os músicos em cima do palco não sejam totalmente seus "eu" verdadeiros... ou vocês acham que eles se vestem daquela forma todo dia...?

A única forma de CD's de bandas japonesas serem vendidos no Brasil, é o estilo se tornando uma tendência, mas como fazer isso se alguns fãs deixaram o estilo com uma imagem manchada perante fãs de outros estilos?
Popularizar um estilo depende da cooperação de todos, muitos fãs odeiam outros fãs, muitos fãs não querem que vire "modinha", muitos fãs são crianças e não tem noção dessas coisas, então se você que está lendo esse texto está consciente desses fatos, vamos ajudar a transformar a cena em algo mais adulto e sério, porque por enquanto, ela é uma piada.

A popularização do visual kei trará CDs, shows, promoções e muitos outros tipos de merchan que vocês tanto sonham, só que muito mais acessível e com custo super reduzido, pare de preocupar com os fãs "posers", afinal, se eles estão gastando seu dinheiro comprando, é problema deles e ajuda a banda, que não se tornará ruim só por ser mais popular. Se você não gosta de certas bandas/músicas apenas por ela ser popular, recomendo que procure ajuda médica urgente, pois você tem retardo mental.

Crianças do Brasil...

Acordem

att,
Anônimo

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

O Visual Kei está morto.

Sim, meus senhores o que eu digo é real.... o Visual kei está morto e sem direito a phoenix down.

Nos últimos tempos parei pra acompanhar o cenário da música japonesa underground (Já que caso não saiba, o visual kei não é mais um estilo mainstream a quase 10 anos) e confesso que fiquei extremamente frustrado.
Você vai dizer que é questão de gosto, e isso realmente é subjetivo, afinal, gosto cada um tem o seu, mas talvez algumas coisas que eu escreva sirvam para tirar uma lasca da ponta do iceberg em uma velha questão: Por quê o visual kei é um estilo underground?

Vamos começar analisando o ranking da Oricon da última semana:

Top 10 - Singles

01.  Hey!Say! JUMP - Magic Power
02.  Hikawa Kiyoshi - Jounetsu no Mariacchi
03.  Acid Black Cherry - Pistol
04.  Porno Graffitti - One More Time
05.  EXILE/EXILE ATSUSHI - Rising Sun/Itsu ka kitto...
06.  Koda Kumi - Ai wo tomenaide
07.  AKB48 - Flying Get
08.  Dae Guk Nam Ah - Love Parade
09.  miwa - FRiDAY-MA-MAGiC
10.  Fukuyama Masaharu - Kazoku ni narou 


Top 10 - Álbuns

01.  2NE1 - NOLZA
02.  Every Little Thing - ORDINARY
03.  Kalafina - After Eden
04.  BREAKERZ - GO
05.  AAA - #AAABEST
06.  Fujifabric - STAR
07.  Che'Nelle - Luv Songs
08.  SPYAIR - Rockin' the World
09. Red Hot Chili Peppers - I'm with you
10. KASABIAN - Velociraptor!


Top 10 - Singles Indies

01. BIGMAMA - #DIV/0!
02. Golden Bomber - Memeshikute/Nemutakute
03. BORN - Psycho Diva
04. DaizyStripper - Tsuki ni juusei
05. BLUE PLANET JAPAN - Hitotsu dake ~We Are The One~
06. AK-69 - 69 (P. O. R. S. C. H. E. MUSIC)
07. The Mirraz - Last Number
08. Velbet - GAIN COЯE (1000mai gentei seisan ban)
09. Golden Bomber - Boku Quest
10. bonobos - Go Symphony!


Top 10 - Álbuns Indies

01. Kariyushi 58 - Kariyushi 58 Best
02. CNBLUE - 392
03. "Various Artists" - Age mix~All Genre BEST~
04. knotlamp - Bridges We've Dreamed
05. Aoi - symmetry
06. KANAN - CandyCore
07. GLORY HILL - With No Love
08. Okamura Yasuyuki - Etiquette (Purple Jacket)
09. Okamura Yasuyuki - Etiquette (Pink Jacket)
10. S.l.a.c.k.&CES2 - All in a daze work




Ao analisar esta lista você percebe que não há NENHUM artista de visual kei tradicional aí (kote kei), temos a presença de Acid Black Cherry na lista de major, já na indie podemos ver Golden Bomber, Aoi from Ayabie, DaizyStriper e Born. Um número comum de artistas visuais no ranking INDIE.

OBS.: Caso você não saiba, "Indie" é o termo usado para bandas independentes, e "Major" é usado quando a banda tem contrato com grandes gravadoras

Mas o que tem isso a ver? Pois bem isso tem muito a ver com o ponto onde quero chegar.
Quando o Visual kei surgiu no Japão, naquele final da década de 80, as bandas buscavam uma identidade maior, eles queria ser diferentes, eles misturavam e eles ousavam, eles tinham motes e erguiam conceitos que você ouvia nas músicas, mensagens muito maiores que simples canções de amor como na canção "Lullaby" do D'erlanger, que era uma banda que se auto-titulava "Sadistical Punk".
O X Japan então, montou uma legião de fãs que usavam as letras das canções do grupo como hinos, filosofias de vida o qual uma geração inteira seguiu, o "Psychedelic Violence - The crime of visual shock" era muito mais do que uma frase estampada no segundo álbum da banda para afirmar que os visuais eram chocantes, existia por trás de tudo aquilo um motivo.

Nos anos 90 a tendência prosseguiu, Se o X-Japan havia levado ao palco os cabelos coloridos em pé e as roupas de couro agressivas com correntes e toda aquela sonoridade rápida, veloz e ácida, foi por parte do Luna Sea que o o mainstream conheceu o oposto.
A banda formada em 1989 lançou o seu primeiro álbum em 1991, pela Extasy Records (Gravadora do Yoshiki Hayashi, líder e baterista do X Japan), levou ao topo das paradas japonesas um som que ia do melancólico ao agitado facilmente, suas músicas tinham mensagem saudosistas e assuntos utópicos, sempre regados a um tom muito poético nas letras, nessa época o visual kei estava calcado em apenas uma palavra: Arte.

O X Japan chegou ao auge da dramaticidade com sua Opera Rock de 29 minutos chamada "Art of life", e o Luna Sea viajou entre dois mundos distintos de forma poética e erótica, então foi o Malice Mizer que terminou de escrever a página do visual kei como forma artistica: as apresentações do grupo eram realizados como peças teatrais.
Para ouvintes mais atentos, até as músicas soam como peças de teatros cantadas, como em "Gekka no yasoukyoku".
Fortemente influenciado pela música européia e filmes de terror italianos dos anos 60, o grupo fez da sua obra uma referência a inúmeros escritores ultra-românticos do final do séculos XIX, suas apresentações eram muito mais que um show de rock, eram um show de bossa-nova, de eletrônico, de pop rock, de qualquer coisa que alimentasse o espirito da letra e valorizasse seu visuais dentro do conceito.

Agora vamos aos números: X Japan encerrou atividades em 1997, Luna Sea em 2000 e o Malice Mizer em 2001.

Á partir do final dos anos 90, a cena visual kei explodiu, você via o visual kei em todos os cantos, televisão, jornal, revistas, quadrinhos, tudo fazia referência, o japão é um pais capitalista e alguns produtores começaram a ver que o visual kei podia se tornar algo lucrativo, se formaram os selos independentes de visual kei (reservarei um post exclusivamente pra falar destes selos), e foram surgindo milhares de bandas visual kei neste período vendendo inúmeros produtos fúteis e fazendo o estilo deixar de ser arte pra virar um comércio.
Algumas bandas eram compostas por membros que nem sabiam tocar, o que importava era o lucro final dos produtores, montavam a banda, vendiam. Se não dava certo, o grupo acabava e formavam outros grupos com outros nomes. A coisa começou a ficar mecânica e sem valor artístico nenhum, o único objetivo era o lucro comercial.
Segundo alguns "filósofos" das artes modernas, "só fica o que é de verdade", e essas bandas se tornaram tão numerosas que o visual kei morreu. Acabou.
Tudo que eu falei nos dois últimos parágrafos ainda acontece, ainda existem produtores pensando apenas no lucro líquido do seu produto, e bandas que formam apenas para completar essa lacuna comercial, É difícil citar quais bandas de visual kei ainda tem um espírito de "ser diferente" pois quase tudo que vejo hoje em dia é igual, cópias de coisas que já existiram (e muito mal-feitas) sem nenhum identidade.

Aliás, ser uma banda de visual kei sem identidade, deveria ser no mínimo algo contraditório, pois um estilo que se formou de uma necessidade de ser diferente se tornar tão igual e maçante, é porque definitivamente tem algo errado.

Vejo muita gente no twitter falar de Versailles (Que é uma cópia de Malice mizer, com direito até a copiar conceito e visuais) Gazette (Que seria um cuspe do Luna Sea, já que tanto seus guitarristas quanto o seu baixista parecem sombras do Sugizo e do J, respectivamente guitarrista e baixista do Luna Sea), e Nightmare, que além de terem também sombras, fazem questão de imitar riffs que o Luna Sea já tocava a 15 anos atrás.

Gazette alcançou o tão sonhado Tokyo Dome (estava vazio, mas ele chegou la) mas está longe de ser a banda que "salvará" o visual kei do seu estado vegetativo, afinal, X Japan lotou o mesmo estádio 18 vezes... Enquanto isso, esperamos que apareça um novo Luna Sea, que leve a marca do "estilo visual" de novo ao topo, sendo original, artístico e principalmente, sincero.

Este assunto segue no post que falarei sobre o mercado japonês de visual kei, a grande máfia e como o sistema funciona nos últimos 10 anos.

Crianças do Brasil...

Acordem

att, Anônimo

J-Rock X Visual Kei

Outra coisa que os fãs brasileiros adoram fazer é misturar as coisas, mas isso é até plausível e causado por um motivo: A falta de informação.

Certamente você deve ver muita gente falando por aí: "-Ah, eu curto J-Rock!", coisa que até normal pra quem vive no meio "japanese" da coisa... mas ai você pergunta pra esse mesmo fulano: "-Legal cara, eu também! Você gosta de Mr. Children?", a resposta na pior das hipóteses será, "-Que porra é essa?".
Ok, todos nós sabemos que o Visual Kei surgiu no Japão (pelo menos a cena denominada assim) e que sendo assim as bandas japonesas de Visual kei são "J-Rock", até ai está tudo ok.
Mas fã brasileiro tem a mania de misturar muito as coisas, mesmo e isso quer dizer que J-Rock e Visual kei são coisas ABSOLUTAMENTE diferentes, J-rock é apenas o rock produzido no japão, mas o visual kei é uma cena musical que surgiu la, mas pode existir em qualquer lugar no mundo. Vou colocar algumas diferenças para você entender:

*J-Rock é o rock do Japão, Visual kei é uma cena que nasceu no japão
Se apenas o fato do visual kei ter nascido no Japão faz com que ele seja exclusivamente japonês, então ninguém no resto do mundo poderia fazer rock'n roll, porquê ele nasceu nos EUA, ninguém fora da Inglaterra poderia fazer punk e ninguém fora da Alemanha poderia fazer música eletrônica. Você há de concordar que isso é ridículo

*J-Rock abrange vários estilos de rock, Visual kei mistura vários estilos de ritmos.
Dentro do rock japonês existem todos os tipos de rock conhecidos no ocidente, desde o punk-rock e rockabilly até o Death e Black metal, passeando pelo pop rock e hard rock, além do visual rock. Já o visual kei é uma cena que mistura vários ritmos, uma banda pode ter várias sonoridades diferentes e passear por elas durante sua carreira, já que a liberdade para fazer isso é imensa.

*J-Rock não pode ser considerado um estilo musical.
J-Rock é uma palavra que define apenas o país de origem e já foi explicado em um post anterior o motivo dessa denominação, já o Visual kei apesar de ter sido uma cena que aglomerou diversos ritmos, nos anos 90 ele acabou criando características próprias como andamentos inconstantes, baterias punks com guitarras fazendo acordes em ritmo de hard rock com outra executando notas limpas e modulantes (chamadas Freezing guitars) que juntas criam a sonoridade que se tornou tradicional no estilo (exatamente a fusão entre o hard rock e o pós punk).

*O Visual kei existe no mundo inteiro
Você pode até não aceitar este fato, mas existem cenas inspiradas no visual kei no mundo inteiro, começou na Asia (China e Coréia) e mais tarde Europa e estados unidos, até chegar na América do Sul. O J-Rock existe apenas e somente no Japão.


É bem provável que a maioria das bandas que você goste sejam apenas de Visual kei, se você gosta de muitas bandas que não são Visual kei, parabéns, pois você conhece um lado maravilhoso da música japonesa.

As bandas mais comuns de se ouvir falar aqui pelo Brasil são aquelas que fazem aberturas de anime, e geralmente o público mais otaku que se identifica com estes artistas Maximum the Hormone, Flow, Afromania, L'Arc~en~ciel, Porno Grafitti, Mr. Children, Beat Crusaders, Stance Punks entre outros são alguns exemplos de bandas de rock japonesas não-visual que fazem muito sucesso entre este tipo de público.

Estou certo em poder afirmar que o público de J-Rock no Brasil é 70% de Visual kei, pois eu mesmo em todos esses anos conheci poucas pessoas realmente fãs de J-Rock.
Então por favor, sejam menos idiotas e parem de misturar as coisas, J-Rock e Visual kei são coisas diferentes, parem de enfiar tudo no mesmo saco, vamos colocar a farinha de milho em um e a de trigo em outro.

Crianças do Brasil...

Acordem.


att,
Anônimo

domingo, 2 de outubro de 2011

Analisando: PorraNightmare

Como todos sabem, o twitter virou um mar de accounts de comédia, paraíso de famosos e piadas muitas vezes sem graça.

A quase dois anos atrás, surgia o "Porra! JRock" que assim como tudo nessa cena, era cópia de muitos outros sites de "Porra" que já pairam na internet desde a criação do Tumblr.
Mas como se isso não bastasse, muita gente (crianças) acharam aquilo bonito, a cena no Brasil sempre foi movimenta por algo chamado "reconhecimento". Se você é reconhecido na cena de fãs de j-rock no Brasil por algo que fez ou faz, isso te torna algo como um "deus" aos olhos destes mesmos fãs.

O @PorraJrock, como é conhecido no twitter, diz em sua página que é "inspirado" nos outros tumblr de "porra alguma coisa", conveniente, pra não dizer que copiam, mesmo por que certo conteúdo e materias que este tumblr disponibiliza são até originais e os fãs se deliciam rindo das porcarias que eles gostam.

Esse tipo de site ganhou popularidade e não demorou pra surgirem outros, este post em específico falará sobre o http://porranightmare.tumblr.com/ .

A descrição deste tumblr diz o seguinte:
Tumblr que tem como tema as veadagens da banda de visual kei Nightmare (ナイトメア)
Mandem sugestões/críticas para porranightmare@hotmail.com ou via Twitter
@PorraNightmare
Desde 15/12/2010


Ela ficaria melhor assim:
Tumblr que copia os outros só que falamos do Nighmare por que somos fãs.
Manda suas idéias para porranightmare@hotmail.com porque não temos criatividade ou personalidade.

No Twitter diz assim:
Twitter do Tumblr chamado Porra Nightmare Por e Mande sugestões. Não somos haters. Somos fãs que faz piada apenas. Desde 15/12/2010

Ficaria muito melhor assim:
Twitter do porranightmare, para a gente tentar ser mais popular. Por @Shou_terrorist e @Nasuqui Mande idéias por que não temos criatividade, Não somos Haters, Apenas tentamos divulgar a banda mostrando o pior lado dela. tentamos fazer piada, mas elas são forçadas. Desde 15/12/2010

Se você analisar todo o tumblr, assim como eu fiz, vai ver que, ele não é engraçado, é exatamente igual o precursor, o blog "OMGVeekey", você provavelmente lembra dele.

Nem os fãs da banda devem gostar, visto o reduzido número de "notes" que as publicações possuem, e o reduzido número de followers que tem no twitter, certamente o plano de se tornarem populares pra cena não foi obtido, mas pelo menos entre a fanbase de nightmare eles devem ser conhecidos (nem que seja de forma negativa, o que é bem provável)

Aliás, ao Analisar os "fãs" que fazem este tumblr, você já loco nota o perfil. Nomes de músicas da banda nos accounts, existe coisa mais idiota que isso?! Influência ou falta de personalidade?
A menina provavelmente é uma que certamente surtaria ao ver seus ídolos semi-nus, Da RT em todo mundo e quando fala alguma coisa é pra falar o que já disseram em um RT anterior, reclama de coisas adolescentes, e só fica rindo de tudo, achando que isso a torna super legal.
O menino é aquele típico fã de visual kei adolescente que escreve tudo em caixa alta pra mostrar sua revolta, paga de entendido mas não viveu nada, sabe só o que leu na wikipédia.

Sejam alguém na VIDA antes de tentarem ser algo que valha para os outros.
Tem muita gente que viveu essas coisas que rí muito de vocês, eu sou uma dessas pessoas e a única voz delas atualmente.

Crianças do Brasil...

Acordem.

att,
Anônimo

J-Rock X J-Rocker - Crianças do Brasil.

Assim como ficou conhecido por causa de fanfics pré-adolescentes no Brasil, o símbolo de "X" no título desta postagem não significa que é um casal homossexual, pelo contrário, isso significa o que sempre significou: dualidade.

Crianças do Brasil, leiam este post com atenção, pois eu não pretendo entrar neste assunto novamente, ele já foi tratado a muito tempo, desde antes de vocês começaram a ouvir j-rock esse assunto já chegou a uma conclusão, e eu não gostaria de perder tempo com isso, mas como fã de j-rock no Brasil é BURRO, IGNORANTE e IDIOTA, volta e meia temos que passear por este assunto já manjado.


J-Rock

Bom, deveria ser óbvio, mas infelizmente não é... fã burro (leia-se "brasileiro") tem a mania de ferrar com os termos e usá-los de forma errada e se achar o bonzão comedor por curtir coisas "diferentes".
A questão é que J-Rock NÃO É UM ESTILO MUSICAL, e você já deveria ter aprendido isso a muito tempo.
J-Rock é a abreviação de "Japanese Rock", que significa nada além de "Rock Japonês", então é todo e qualquer rock produzido no Japão. Não adianta você dizer que o rock do Japão tem algumas características semelhantes, irei tratar isso em outro post.
O Japão, após a segunda guerra mundial ficou muito isolado do resto do mundo, eles criaram suas cenas musicais copiando o que vinha dos Estados Unidos, muitas dessas cópias são vistas hoje em dia por fãs menos "cegos".
Eles criaram cenas independentes que vendiam discos na própria ilha e o resto do mundo ficou cego diante desses grupos musicais, que desde os anos 60 faz rock no Japão igual o resto do mundo todo. Com a globalização e a era da informação nos anos 90, esses grupos acabaram ficando conhecidos (excluindo aqui alguns de reconhecimento mundial como Guitar Wolf e Loudness), outros artistas mainstream do Japão ganharam destaque cantando temas de Tokusatsu como Hironobu Kageyama  (que antes de virar cantor solo integrava uma boyband) e Saijou Hideki, que fez muito sucesso cantando temas de novela com seu rock/pop.
Quando o Rock produzido no Japão começou a ganhar evidência no ocidente, o preconceito do idioma construiu uma barreira, fãs de anime foram os precursores a ouvir a música roqueira japonesa no ocidente, e o Rock de lá ficou rotulado como "Rock Japonês", assim como outras cenas locais existem como o "Industrial alemão", ou a "Música Popular Brasileira".
Assim então chamar de "Japanese Rock" ou "J-Rock" se tornou comum nos Estados Unidos e alguns poucos países da Europa. E isso engloba toda cena roqueira japonesa: punk, rockabilly, hard rock, heavy metal (Que mais tarde ganhou o pseudônimo de "J-metal" devido a anterior repercussão de bandas de hard/heavy japonesa como Loudness e X- Japan para o ocidente) Hardcore, emocore e o visual kei (que foi "criado" na própria ilha).
Esse sistema de exclusão musical da ilha fica tão evidente que aqui no Brasil se criam termos pra qualquer coisa que seja japonês: J-rock, J-pop, J-industrial, J-rap, e mais recentemente J-Samba... isso é a coisa mais idiota da face da terra.


J-Rocker

Então, se o J-Rock é só uma denominação local, não existem J-rockers? Sim, eles existem. Porém, você infelizmente não é um deles, explicarei o motivo:
Se J-Rock é a abreviação pra "Japanese Rock", cremos que "J-Rocker" seja a abreviação para "Japanese Rocker", e isso significa "Roqueiro Japonês".
Você é brasileiro, provavelmente nunca esteve no Japão (apesar de ser o seu sonho), escuta as bandas japonesas só pra ser o descolado, passa chapinha no cabelo e usa roupas descoladas pra tentar parecer um japonês, mas... VOCÊ NÃO É.
Se você não nasceu no Japão, se você não está la, você NÃO É UM ROQUEIRO JAPONÊS, você é no máximo um roqueiro brasileiro, mas não se preocupe, isso não faz de você um B-Rocker, então apenas conforme-se com a sua situação de "fã de música japonesa"... aliás, você que se diz fã de música japonesa, nem deve conhecer música japonesa, mas isso é assunto pra outro post.

Crianças do Brasil...

Acordem

att,
Anônimo

sábado, 1 de outubro de 2011

O que diabos é "Visual kei"? - Definições.

Ao analisar vários fãs de visual kei no Brasil você percebe uma coisa: nenhum sabe o que é visual kei.

Pergunta: Por que alguém é fã de algo que não sabe o que é!
Resposta: Porque são idiotas.

Então pra você entender o que é visual kei, eu vou explicar resumidamente o que ele é, se você não concordar com o que ler, vai tomar no cu, isso não é opinião, são os fatos.


O que é Visual kei?

Visual kei , como conhecemos no ocidente, é um movimento musical japonês que teve origem nos anos 80 e que é definido pela liberdade musical e visual de seus músicos e uma forte relação com um conceito, o que dá um ar teatral às bandas que são rotuladas assim.
Aquele blablabla de que japonês é tudo igual e sacrificou seus valores individuais em pró do coletivo para o país se reerguer após a 2º grande guerra todo mundo sabe, o que ninguém sabe é que a relação com "visual kei" para os japoneses vai muito além das bandas do próprio país, qualquer artistas que tenha um apelo visual forte vai ser chamado de "visual kei" no japão, que significa lietralmente "estilo visual", porém, como estamos falando da "cena nacional" vamos falar de "visual kei" como este movimento musical oitentista japonês que teve seu auge nos anos 90 e começar a explicar por cima como ele surgiu.


O Começo

Bom, podemos dizer que o estilo visual começou a muito tempo, no final dos anos 60/começo dos anos 70 existiam algumas bandas de pré-punk que eram chamadas de "Glam Rock" ou "Glitter Rock", eles eram chamados assim pelo glamour nas apresentações e vestuários, geralmente com muito glitter, visuais andróginos e cabelos coloridos. Talvez o principal nome dessa época e que você ja deve ter ouvido falar foi o David Bowie, existiriam outros artistas como o T-Rex (X Japan tem um cover gravado do T-Rex que saiu de b-side em um single) e a brasileira Secos e Molhados.
O glam rock influenciou o movimento punk dos anos 70 e também o hard rock setentista. surgiu então o pós-punk e o glam metal. Esses dois estilos foram as duas peças fundamentais para o surgimento do movimento visual kei.


Pré-visual kei


No Japão, qualquer artistas que use performances com ênfase no visual é chamado "visual kei" (que significa nada além de "Estilo visual") Artistas como Kiss, Motley Crue e The Cure foram considerados artistas visual kei e outros como Black Veil Brides, Rammstein e Marylin Manson são rotulados assim no Japão atualmente pela maioria dos fãs.
O Kiss tinha influências de filmes de terror e histórias em quadrinhos japonesas, e foi a maior inspiração visual do X-Japan, a segunda banda que influenciou o movimento no formato música foi o Motley Crue com seu glam metal e por último o The cure e seu punk decadente. em meados de 1984 começa a surgir a maior leva de bandas com apelo visual no Japão, em 1987 ele chegou ao mainstreen: X Japan, Buck Tick, Boowy, D'erlanger, Dead End, entre outras foram bandas fundamentais para o que viria a seguir.


Visual kei.

Em 1991 o guitarrista do X Japan em entrevista deu o pontapé inicial, em uma entrevista ele foi perguntado qual era o seu estilo de fazer música, e ele respondeu: "é estilo visual".
A mídia tinha o que precisava, um nome comercial para um rótulo, e a banda que impulsionou o chamado "visual kei" foi o Luna Sea, a banda mais copiada até os dias de hoje. A música do Luna Sea definiu o padrão da "música visual kei", e o estilo visual chegou ao mainstream e no final dos anos 90 estava tão saturado de bandas iguais, repetidas, sem criatividade que após 2002 o estilo definhou e hoje quase não existe (se você considera essas bandas atuais algo próximo do visual kei, vá tomar no meio do seu cu)

Yoshiki, baterista e líder do X Japan disse que quando a banda se formou, eles não estavam ligados a movimento nenhum, mas acabaram criando uma cena, e ele disse que visual kei não tem nada com música ou visual, visual kei é como liberdade.

Durante estes anos se formaram as famosas subdivisões do visual kei, e muita gente compreende elas de forma errada, na verdade muita gente compreende todo o visual kei de forma errada, então vou explicar isso também.



kote kei: (コテ系): Também conhecido como "kotekote" ou "kotevi" significa "estilo principal" ou "estilo carro-chefe". Não foi o primeiro a aparecer, mas foi o tipo de manifestação que chegou ao mainstream japonês.
Cabelos coloridos de todas as formas e tamanhos, roupas extremamente trabalhadas e conceito muito bem elaborados, explorando a ligação teatral entre música/visual, foi o auge do visual kei. é dividido em dois outros subgrupos, o lado negro (kuro kei) e o lado branco (shiro kei).
**Kuro kei: São bandas que dão mais enfase na música e usam visuais mais obscuros e simples como Dué le Quartz, NéiL, NOi'X e outras bandas da key party.
**Shiro kei: São bandas que dão enfase no aspecto teatral com visuais até carnavalescos, o principal mentor desde estilo foi a banda Malice Mizer e teve outros representantes como Aliene Ma'riage, Phantasmagoria e o antigo Dir en Grey

kurofuku kei: (黒服系) : Significa "estilo de roupas pretas" e foi a primeira manifestação do visual kei no final dos anos 80 e chegou até o começo dos anos 90, muitos influenciados pelo pós-punk e death rock, você vê aqui roupas pretas e cabelos gigantescos, maquiagem sempre obscura e feminina, Luna Sea foi o precursor e teve vários seguidores como o Die en Cries, L'arc~en~ciel antigo, Boowy, Silver~Rose entre outros.

Visual Shock : O tão aclamado estilo criado pelo X Japan com seu lema "Psychedelic Violence crime of Visual Shock) visuais geralmente punks e coloridos, com cabelos muito compridos e literalmente em pé, muitas bandas no final dos anos 80 assumiram visuais punks e coloridos em algumas épocas, como o kamaitachi.

oshare kei: (おしゃれ系): Significa "estilo fashion" e ganhou popularidade após 2002 com a queda do kote kei, em geral, são bandas com uma sonoridade alegre e até mesmo infantil, a maioria com assuntos sobre escola e coisas fúteis adolescentes., algumas bandas que se encaixam aqui: An cafe, Charlotte, Dolphin, entre outras.

soft visual kei: (ソフト・ヴィジュアル系): Significa "Estilo de visual leve" e são bandas que andaram lado a lado com o kote kei nos anos 90, mas assumiam uma postura mais light, usando visuais que hoje são considerados comuns, esse estilo também foi mainstream e começou a sumir junto com o kote kei no começo da último década. Os principais expoentes foram o Siam Shade, Janne Da Arc e Sophia

neo visual kei: (ネオヴィジュアル系) : Apenas um termo pra definir as bandas após o ano 2000 que entram em contraste com as bandas dos anos 90.

koteosa kei: (コテオサ系): Kote + Oshare. São bandas que misturam os dois estilos, possuem uma sonoridade mais agressiva porém com um ar mais pop, assim como Lolita23q, Ayabie e Wizard.

chikashitsu kei: (地下室系): Significa "Estilo Alternativo" e é um estilo totalmente a parte dos outros, as bandas que fazem parte dessa linhagem buscam conservar o valor japonês em suas músicas, fazendo eternas críticas a sociedade com músicas fortes e impulsivas que a ouvidos menos preparados podem soar como "bizarras" em bandas mais entusiastas.
Dentro dessa linhagem existem algumas outras e fica difícil definir as bandas que pertencem a cada uma, mas aqui podemos citar Inugami-Circus-Dan.
***shironuri kei: (白塗り系): Significa "estilo branco-pintado" e aqui o estilo sofre influencia do movimento "eroguro nonsense", temas e críticas ambientados em prostibulos com carnificas e textos bizarros, maquiagens borradas e cabelos bagunçados são comuns nos conceitos destas bandas.
Vale lembrar que, o shironuri está dentro do chikashitsu, ou seja: toda banda shironuri é chikashitsu também, mas nem toda banda chikashitsu é shironuri, apenas as que tem influencia do eroguro nonsense podem ser definidas assim.Aqui podemos enquadrar facilmente o Cali≠Gari.
***pikopiko kei: (ピコピコ系): Significa "Estilo zunido" e são bandas que utilizam uma sonoridade experimental e eletrônica com referências a temas infantis mas de forma mais pesada, maquiagens pesadas e borradas com roupas futuristas são comuns neste estilo, assim como o uso constante de sintetizizadores e outras coisas experimentais, se enquadra aqui o Metronome.
Vale ressaltas que assim como o shironuri, o pikopiko também está dentro do chikashitsu.
Outras bandas que se encaixam no chikashitsu de forma geral: Anti-kranke, sex android, floppy, dokusatsu terrorist, Guru guru Eigakan.

nagoya kei: (名古屋系): Termo usado para se referir a cena de Nagoya, que por ter muita influencia de death rock acabou seguindo um rumo musical um pouco diferente do kote kei, apesar de serem muitos semelhantes. Toda e qualquer banda visual kei de Nagoya pode ser chamada assim: Lynch, Sleep my Dear, Blast, Kuroyume e etc.

iryou kei: (医療系): Termo usado pra designar bandas que usam elementos hospitalares em seus visuais, não é uma sub-divisão, é só um termo tosco inventado pelos japoneses, bandas como o LuLu se encaixam aqui.


Vale a pena lembrar que a maioria dessas subdivsiões está relacionada apenas com o visual, apesar de que as bandas geralmente seguem seu conceito música direcionado para o aspecto visual, isso não é regra, então entenda as subdivisões apenas como estético visual e não musical.

Acordem.

att,
Anônimo

Ex-Fãs e Viju Ota - O câncer epitelial.

Vamos colocar aqui um exemplo bem idiota pra definir os "fãs" de jrock no Brasil.

Como se a cena em completo fosse um ser humano, cada "espécie" de fã seria um "câncer" diferente... mas antes de chegar naqueles câncer terminais, vamos pegar um câncer mais leve, como se fosse um câncer de pele.



Ex-Fãs

Bom, não tem muito o que explicar aqui... um ex-fã é alguém que já foi muito fã de j-rock, visual kei, j-pop, ou qualquer um desses rótulos que a mídia cria pra fazer você se tornar um consumidor sem cérebro.
Mas porque falar de ex-fãs se eles são apenas ex-fãs? explicarei nos parágrafos seguintes.

Existe uma comunidade em um site que já foi muito popular chamado orkut que possui, segundo dados atuais, 23.197 (Vinta e três mil cento e noventa e sete) fãs de jrock e visual kei, você pode ver isso clicando aqui.
Na verdade eu não estaria mentindo se citasse que, desses pouco mais de 23 mil membros, metade é ex-fã, e a outra metade são fakes.
O ex-fã de visual kei não é um ex-fã qualquer, você pode observar o comportamento, por ele ter sido fã a muito tempo, antes mesmo de VOCÊ saber o que era rock japonês, ele se sente no direito de te humilhar (virtualmente, claro, a maioria é covarde demais) e de se achar superior a você, pelo simples motivo de que agora ele curte algo descolado, tipo indie rock, deathcore ou *insira qualquer rótulo babaca aqui*, e você ainda ta ouvindo a música que agora ele odeia e considera infantil (e convenhamos que, até certo ponto, visual kei é música de adolescente virgem que se masturba pensando nos seus ídolos se agarrando).

Já estou deixando este texto muito grande, então deixarei só a definição básica das coisas pra você entenderem posts futuros



Viju Ota

Vamos a definição de "Viju Ota" segundo a definição do dicionário de visual kei do Anônimo que foi inventado por você já sabe quem.

viju ota: (ヴィジュヲタ) : Um fã visual incondicional. Algúem que não escuta nada além de visual kei.

A descrição é curta, mas a idiotice é sem tamanho... fãs viju ota são pessoas que se consideram superiores a outros por ouvirem sua música visual kei, em geral você vai encontrar bastante gente cega nessa cena que escuta APENAS visual kei, ou pior, gente que escuta APENAS UMA BANDA visual kei. (Como fãs de Versailles que já são fãs tipo câncer terminal).

A verdade é que, o Japão copia os estilos do mundo inteiro e depois o mundo inteiro tenta copiar o Japão, é um processo que acontece a mais de 50 anos...
Gente que só escuta música visual kei vai ficar presa em uma barreira imensa, (os fãs de bandas cópias de outras bandas japonesas então, esses deveriam ser colocados no paredão para serem executados)

O que se conclui é que, ex-fãs nunca foram fãs de visual kei, e viju otas um dia serão ex-fãs e olharão pro passado com vergonha de sí mesmos. Eu precisava pincelar esses assuntos porque você, provavelmente, não entende como as coisas funcionam por aqui, e você precisará saber como se comportam esses câncer pra entender o propósito disso e os posts futuros.

Acordem.

att,
Anônimo.